Tudo depende de como a gente vê, ou melhor, como nos vemos


Hoje é segunda, durante a semana passada fiquei pensando sobre o que eu escreveria para este dia, pensei em várias coisas, em falar sobre solidão, sobre relacionamentos, sobre aceitação, etc. Depois de tanto pensar cá estou eu, sentada de pernas cruzadas tipo borboleta, em frente às minhas queridas plantinhas coloridas, com o celular na mão digitando no bloco de notas, dando risada por dentro pois estou tentando escrever um texto legal, algo que as pessoas queiram ler, mas tudo isso ainda depende de como a gente vê as coisas, ou melhor como vemos a nós mesmos. Eu escrevo aquilo que eu acho legal, e por mais que me esforce nem todos acharão legal, mas se eu achar legal, então é legal. Compreende? É, acho que não. Tentarei ser mais clara. 
No ano de 2017, olhei para dentro de mim querendo me descobrir mais, o que gosto, o que não gosto, o que me chateia, o que me alegra, enfim... Sempre fui do tipo eclética em tudo, estilo de música, roupa, cabelo, sei lá. Várias coisas. Mas no fundo eu sabia o que realmente me agradava, muitas coisas eu seguia porque fulana também gostava, deixava de usar algo porque outra pessoa achava feio, essa foi minha vida. Digo "foi" porque eu decidi que ia me testar e descobrir o que eu realmente sou.
Durante toda a nossa vida, desde a infância, ouvimos as pessoas próximas de nós e a partir dessas falas construímos crenças sobre o mundo e sobre nós mesmos. Ah... O poder da linguagem! Ela molda nossa visão de mundo e acabamos nos limitando a viver somente com essa lente.
Cresci ouvindo que eu deveria ter responsabilidade, maturidade, que deveria ser exemplo para as pessoas. Lembro de uma época que era mais espontânea, falava umas abobrinhas, fazia piadas sem graça, me exibia, mas sempre, ou pelo menos na maioria das vezes, me senti como uma boba, e então fui moldando para ser aquilo que gostariam que eu fosse (ou o que eu achava que eles gostariam?). Uma pessoa que só fala coisas inteligentes (tá, nem sempre) e prefere o silêncio do que soltar algumas pérolas, uma pessoa que começou a ter medo de errar. Essa é a forma que arranjei para me adaptar a este mundo, mas eu cresci e amadureci (um pouco pelo menos) e neste processo vi que eu precisava me conhecer, me cuidar e me amar mais, existe gente de todo tipo e precisava saber que tipo era eu. Sabe aquela famosa frase "Quando Pedro fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo"? Então, tinha pessoas que me incomodavam. Foi um "baque" quando vi que tudo o que me incomodava eram qualidades que eu gostaria de ter em mim, que eu já havia tido, mas perdi no meio do caminho. Falarei mais sobre isso no próximo post. A questão é: você irá gostar deste texto se ele fizer sentido para você, se você se identificar com algo nele, ou talvez porque você goste de mim, aí é com você, tudo depende de como você (se) vê.

Share This Article:

CONVERSATION

2 comentários :

  1. prefeito! parabéns continue a escrever, porque eu e muitos leem e se identificam. amei

    ResponderExcluir