Perdas e ganhos


Mais um dia dos pais e isso me traz algumas reflexões sobre as perdas as quais não esperamos.
A morte do meu pai ocorreu em 2011, minha vida mudou bruscamente desde então. Era uma menina de quatorze anos aguardando a chegada dos quinze querendo ansiosamente crescer.
Acho que não tenho como exemplificar o que pretendo dizer de um jeito melhor do que falando sobre a perda de um pai. A verdade é que esta marcou para mim uma história de perdas que viriam a seguir.
Perdemos porque somos esse ser jogado ao mundo sendo afetado pelos acasos que não temos controle. Mas, se perdemos algo muito importante é porque primeiro o ganhamos e fez parte da nossa existência, trazendo consigo os significados ali contidos, os sentimentos como amor, compaixão, amizade, bondade e por aí vai.
Ao perdemos aquilo que faz tanto sentido à nossa vida, podemos ter uma sensação de vazio, um negrume na qual não enxergamos nada.  Ahhh! O nada.
Nos sentimos desabrigados habitando num mundo em que não nos sentimos em casa, podemos achar que ali não é nosso lugar.
Precisamos encontrar novos sentidos para viver, mesmo que a princípio isso não nos pareça uma possibilidade, mas abertos a ela podemos compreender que a vida é como diz a música Encontros e Despedidas:

[...]
E assim chegar e partir...
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também,

despedida
[...]

Com carinho,


Adrielle

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